O vôo da Venezolana saiu do terminal nacional rumo a El Vigia, a cidade mais próxima com aeroporto, já que o de Mérida estava fechado passando por reformas. Graças ao precinho da gasolina, conseguimos pegar táxi até Mérida por uma pechincha. As montanhas fizeram parte da paisagem por todo o trajeto, dando uma amostra do que veríamos pela frente (e acima).
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O Pico da viagem
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Mérida é uma charmosa cidade histórica no interior da Venezuela, conhecida por ser também uma cidade universtária e ponto turístico dos venezuelanos em busca de um friozinho da “serra”. Ela tem um famoso teleférico, um dos maiores do mundo, que infelizmente não pudemos visitar pois estava em manutenção. Apesar disso, ainda nos restavam outras opções pra chegar ao locais mais altos e bonitos da região, e fomos em busca de uma agência de turismo que nos oferecesse um passeio a região dos Páramos, o ponto mais alto da Venezuela acessível por estrada, e que oferece belas paisagens. A maioria das agências de turismo se concentra na praça logo em frente a saída do teleférico, e não é difícil encontrar. Pechinchar é bem comum, e vale a pena. A cidade não é das mais caras, você não gasta muito para comer nem fazer pequenos tours, até porque a questão do câmbio ajuda nesse sentido.
A cidade não conta com muitos hotéis, e nós nos hospedamos em um que tinha quarto quádruplo, mas não era no centro. Apesar disso havia comércio na região, entre centros comerciais e pequenas mercearias. Chegar ao centro também era fácil, de táxi ou mesmo numa caminhada.
No primeiro dia na cidade fomos nos ambientando e conhecendo as ruas, o entorno da cidade, e fechamos o passeio para Los Páramos numa das agências da praça. Tomamos um café numa lanchonete próxima a Universidade de Los Andes, a famosa ULA, e comemos um quitute típico venezuelano, a Arepa, muito boa por sinal. Em nossas andanças pelo centro da cidade, visitamos a Catedral da cidade e a Plaza Bolivar, que é a praça principal, antiga Plaza Mayor. Lá no meio da praça, assim como em muitas praças na Venezuela toda, havia uma enorme estátua do Libertador, O Simón Bolívar. Falo mais sobre ele no post sobre Caracas.
Enquanto a gente perambulava e tirava fotos, o Rodrigo recebeu uma mensagem no celular. Era a namorada do nosso amigo, pedindo que ele ligasse pra casa. Até aí tudo bem, pois a idéia era mesmo ligar pra família num locutório próximo a praça, mas qual não foi nossa surpresa quando a mãe dele contou as notícias que chegavam no Brasil sobre a Venezuela!
Saiu no noticiário de domingo a noite na TV que o exército tinha tomado o aeroporto de Caracas!!
- Bom, mas qual aeroporto?? O que a gente esteve uma manhã toda?
Sim, não podemos negar, havia soldados do exército no aeroporto, caminhando tranquilamente e em pequeno número, mas daí a terem TOMADO o aeroporto era uma outra viagem! Alguns soldados estavam circulando pelo aeroporto, mas não houve nenhuma movimentação que justificasse tamanho alarde. Não fosse a ligação pra casa, nós jamais teríamos notado! Coisas da mídia sensacionalista …
O almoço foi numa pequena cantina do centro da cidade, cujas paredes anunciavam num simpático cartaz que a Hora Feliz era das 6h as 7h. O garçom também compunha a simpatia do lugar, e ficou batendo papo depois que descobriu que éramos do Brasil. No cardápio da conversa vinha a política, um assunto sempre em pauta na Venezuela. Ah, Brasil, Lula! O cara é mesmo popular por aí… quanto ao presidente deles, não ficou muito claro se era popular, fato é que cada lugar que se vai tem ao menos um outdoor com propaganda do governo Chaves.
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