segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

A mítica Marrakesh


De todas as cidades marroquinas, Marrakesh é talvez a que mais alimenta o imaginário com imagens míticas do mundo árabe.

A cidade é um mix de tudo que você pode encontrar no Marrocos e um pouco mais, é o melhor dos dois mundos, a velha medina e a ville nouvelle. É a única cidade por onde passamos que tem uma ville nouvele realmente nova, apesar de a maioria das construções seguir um mesmo padrão: a cor rosa. Aliás, a cidade é conhecida como "a cidade rosa".






Além disso, tem diversas lojas de grifes internacionais, restaurantes mais requintados (e os de sempre também, como o MCDonald's e cia) e baladinhas modernosas. Perto do boulevard, aquele das palmeiras, também tem o belíssimo Royal Theatre que está sendo reformado. 






No caminho entre a ville nouvelle e a medina, há um parque, que fica numa das principais ruas, chamado Cyber Park. Lá você pode se conectar com wi-fi no seu dispositivo móvel ou em um do terminais de acesso a internet do próprio parque, e ainda se refrescar na sombra sentando em algum banco de praça. Claro que fizemos isso no trajeto! Apesar de ser possível caminhar da medina a cidade nova a pé, é uma bela caminhada.

A medina e a Praça Djema El Fna

Foi nosso ponto de partida para conhecer a cidade, e também onde nos hospedamos. Ficamos em um hotel boutique (quem diria) cravado na medina de Marrakesh, chamado Villa Wengé. O riad é bem moderninho, mas guarda a essência marroquina, ou seja, é ótimo! O único problema é chegar lá pela primeira vez, já que dá um certo trabalho se localizar no meio da medina. O taxista que nos levou até a praça teve que ligar lá para saber como nos orientar no trecho q não dá pra ir de carro (tivemos que pagar um carregador da praça até lá). Como toda medina, no começo é complicado entender onde cada rua vai dar, mas depois de três no currículo a gente acaba pegando o jeito!


Mas é na praça Djema El Fna que tudo acontece em Marrakesh! É um lugar vibrante, principalmente a noite, onde turistas e marroquinos se divertem com as atrações locais.

Além do óbvio comércio de souvenirs e coisas do gênero turístico, tem os charmosos carrinhos de suco de laranja que fazem o maior sucesso, as barraquinhas de escargot, que se come ali mesmo, e as milhares de barracas de comidas, bem no meio da praça. É só escolher sua comida e sentar em uma das mesonas coletivas espalhadas por toda a feira. 







 Se quiser uma comida mais arrumadinha, há diversos restaurantes com terraço ou um andar alto de onde se pode apreciar a vista da praça também. Algumas coisas só funcionam a noite, como a feira e as barraquinhas de suco e escargot.

De dia, é possível fazer passeios de charrete pela medina, saindo da praça, como em alguns lugares da Europa e EUA. Mas como bons mochileiros, fizemos tudo na maneira mais rústica possível, ou seja, andamos pra caramba!

Por outro lado, ainda há aproveitadores ganhando dinheiro com macacos acorrentados e dentro de gaiolas. Sem falar nos "encantadores" de serpentes, que transformam a víbora num brinquedo e levam uns trocos de turistas que mesmo sem saber acabam por alimentar essas crueldades com os animais.  As cobras têm uma glândula ou coisa do gênero, retirada por eles, e por isso a naja não ataca, e morre em poucos dias. Tá, ninguém gostaria de ser atacado por uma naja, mas explorar animais não tem nada de engraçado, mesmo que seja uma víbora.

Nunca tire fotos, eles sempre pedem dinheiro para quem faz isso.

Outras atrações

Além dos deliciosos quitutes marroquinos, no entorno na medina há diversos lugares interessantes para se visitar.



Começamos com as Tumbas de Saadian (Saadian Tumbs), que fica bem próximo a Mesquita Kasbah, e a 10 minutos andando da Praça Djema El Fna. É um local pequeno, mas com um jardim muito bem cuidado, que abriga as tumbas em estilo árabe do Sultão Ahmad al-Mansur e sua família. É uma construção muito comum também na Índia, adotada nos tempos da invasão Mugal naquele país. Na Índia eles tem exemplares mais grandiosos, haja vista o Taj Mahal, como vamos contar no post sobre nossa visita a terra de Gandhi. Mas o de Marrakesh vale uma passada, afinal são apenas 10 Mad (~R$2,50).



Depois fomos visitar as ruínas do El Badi Palace, um passeio obrigatório em Marrakesh, apesar de não ser muito fácil de encontrar. Era um elegante palácio de mármore, com jardins de tangerinas e temperos, fontes e piscinas. Hoje só restam as tangerinas, mas no geral o local é bem cuidado. No segundo piso se tem uma vista linda da cidade e das montanhas (ah, as montanhas!).
Nas redondezas do palácio há diversos restaurantes, os mais baratos ficam na praça. Há outros ao redor, com belos terraços, e cheios de turistas. Almoçamos em um com terraço, mas a comida estava apenas boa, e não era um precinho muito popular pelo menu.







Se no El Badi encontramos só as ruínas, o Bahia Palace é o mais próximo do que poderíamos encontrar no seu auge. Apesar de podermos ver apenas alguns cômodos, é possível se imaginar o modo de vida palaciano, com sua arquitetura elegante e jardins explêndidos, até hoje! Não sei se naquela época já havia tantos gatos quanto hoje, mas isso é muito comum em todo o Marrocos, como é na Turquia.








Esses três passeios, com algum esforço, dá pra fazer num mesmo dia. E depois, chá de menta e biscoitinhos pra relaxar a moda marroquina!

No dia seguinte pegamos o trem de volta a Casa, onde passamos a noite num hotel próximo ao aeroporto, chamado Atlas Airport Hotel, com translado grátis ida e volta do aeroporto. Nao se prenda a qualidade, nesse momento o importante é ter um lugar para descansar! 

Acho que os mimos da lua de mel nos deixaram mal acostumados! hehe

Depois de conhecer boa parte do Marrocos, ficamos satisfeitos com a viagem e felizes de termos estado lá. Foi dada a largada para explorar (no bom sentido) esse continente enorme e cheio de riqueza cultural e natural chamado ÁFRICA!

Nenhum comentário:

Postar um comentário