terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Fumante ou não fumante? Chegando a Casablanca


Depois de uma parada de alguma horas em Madri, confortavelmente aguardadas na sala VIP do aeroporto (depois explicamos como mochileiros podem fazer isso num outro post), pegamos nosso vôo para Casablanca.

Já faz frio na Europa, e também no Marrocos, motivo pelo qual a mochila fica mais pesada e as atrações mais baratas (sempre vejo o lado bom!).
De cara, nos deparamos com alguns fumantes  com cigarro aceso em pleno saguão do aeroporto. Não se enganem com as placas de proibido fumar.

Logo perto da saída, é possível comprar bilhetes de trem para Casablanca. Nós compramos passagens para a Estação Voyageurs (Gare Voyageurs), já que nos hospedaríamos no Ibis logo ao lado dessa estação.





Cada bilhete custou 38 Dirham, o que equivale a aprox. 10 reais. Disseram que táxi do aeroporto ao centro é muito caro, mas você não vai sentir falta, já que é razoavelmente fácil se acomodar no trem.

Nos instalamos no Ibis, tomamos um banho rápido e fomos procurar um lugar para jantar. Depois de uma consulta no Trip Advisor, encontramos um restaurante italiano que ficava a mão, chamado Splendido. Apesar de termos chegado antes das 8h da noite, o lugar já estava vazio e não tinha mais o prato do dia.
Apesar disso, era um restaurante interessante, com decoração tradicional, e boas opções de pratos, numa rua escura de Casa (como eles chamam Casablanca).

A canseira da viagem bateu, e acabamos pedindo a boa e velha pizza sem muitos rodeios. Pedimos a Quatro estações, como na Itália... rsrs. Ah, e essa bebida aí da foto pra acompanhar... alguém arrisca um árabe aí? rsrs



O bom do restaurante estar vazio e que não havia a chance de sair defumado com cheiro de cigarro de lá.
Como vocês já devem ter notado, nós não somos fumantes, o que complica um pouco nossa estada no Marrocos.

Notamos isso logo que voltamos ao hotel. Já que no restaurante não vendia bebida alcoólica, pensamos em tomar uma cerveja no bar do Ibis, tipicamente decorado em estilo marroquino e um belo jardim, mas o cheiro de cigarro era tão forte desde a recepção que não conseguimos ficar.

Qual não foi nossa surpresa ao chegar ao nosso quarto e nos deparar com o mesmo cheiro lá dentro! Ligamos na recepção mas acabamos descobrindo que nosso quarto era para fumantes, sem chance de trocar já que o hotel estava cheio. Acabaram nos mudando para um outro quarto, também fumante, num outro andar, o que amenizou um pouco o problema, mas tivemos que dormir com a janela aberta, apesar do frio. Por sorte era uma noite só.

Acordamos ainda muito cansados, mas fomos passear pela cidade. Tomamos nosso Petit Dejeneur, o famoso café da manhã, num café em frente a praça, no lado oposto a Estação de trem, por apenas 14 dirhams, uma pechincha.




Se você não fuma e se incomoda com a fumaça, evite ficar na parte fechada dos lugares, alguém sempre pode acender o cigarro, mesmo debaixo de uma fatídica plaquinha de proibido fumar.

Fato curioso, ao menos para nós, é que nos cafés de Casa, víamos pouquíssimas mulheres. Se o fato de ser mulher já chama atenção num café, é sempre bom se atentar e se vestir de maneira discreta, para não atrair olhares indesejados. Pela nossa experiência na Turquia, parece que isso é algo inerente aos países de cultura muçulmana e/ou árabe.

Apenas um local despertou nosso interesse na cidade pelos relatos que lemos e indicações de guias, então pegamos um petit táxi para conhecer a famosa Mesquita Hassan II, a beira do nosso querido Oceano Atlântico. Pagamos um preço  justo pelo trajeto de 15 minutos, 25 dirhams.










Não nos prenderíamos nem um dia a mais em Casablanca, nem indicamos uma longa estada na cidade, mas se você precisa passar por lá, como foi o nosso caso, então vá até a Mesquita, ela realmente vale uma visita. É a segunda maior mesquita do mundo árabe, perdendo, é claro, para Meca. 

Um belíssimo exemplar diga-se de passagem. Ela foi propositalmente construída em parte sobre o mar, observando um verso do Corão que diz que o Trono de Deus está sobre o mar. 



Incrivelmente bem decorada no seu interior, com teto de madeira trabalhada e colunas e piso de mármore, é grandiosa, a mais linda mesquita que já vimos. E olha que as de Istanbul são lindíssimas. O tour com guia custa 120 Mad, mais a gorjetinha do guia. 








Se não tiver interesse no tour, também é possível apreciar de fora, observar o mar, ou dar um pulo no Aquário que fica logo do outro lado da praça. Há outras pequenas atrações na praça, mas que não tivemos tempo de pesquisar.

Na volta para o hotel pegamos um outro táxi, mas dessa vez não estávamos muito atentos ao motorista, que não ligou o taxímetro e nós, distraídos, esquecemos de fechar um valor antes de sair. Resultado: o malandro nos passou a perna na cara dura: o mesmo trajeto que pagamos 25 Mad na ida, nos saiu por 100 Mad na volta! Fica a dica, SEMPRE perguntem o preço antes de fazer qualquer coisa, seja táxi, tour com guia, ou qualquer outra coisa.

Uma coisa ficou clara a respeito de Casablanca: definitivamente turismo não é o forte da cidade. Infelizmente, a impressão que fica é a de uma cidade desorganizada, suja, poluída e, definitivamente, fumante.

                                            Rabat, a capital (mais) francesa do Marrocos >

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