Ela mesma! A mula!
De certa forma, visitar a medina de Fes nos permite voltar no tempo e imaginar como era o comércio na fundação da cidade, em 859 d.c..
Não precisa nem fechar os olhos, é só abrir bem e ver o pulsante comércio de todo gênero, em especial os que vendem alimento.
Se olhar de um lado, vai encontrar todo tipo de pães e azeitonas. Na venda seguinte, ovos, temperos e galinhas vivinhas da silva, esperando que algum freguês as leve pra panela (ai que dó!).
Mais adiante, um açougueiro corta carne no balcão, enquanto o peixeiro espanta os gatos que ficam de olho no peixe.
Isso tudo entre lojas de tecido, marcenaria e utensílios domésticos.
Mas nada disso estaria lá, não fosse ela, a mula! Em tempos de carros cada vez mais potentes, essa simpática quadrúpede reina no comércio da medina. Certamente seus serviços são de grande valia num lugar como a medina, com ruelas estreitas e de difícil acesso. Carros ficam do lado de fora, e algumas motos transitam pelo local, mas carga mesmo, é só de mula.
E quem mais poderia ter feito todo esse trabalho em 859 d.c? Não é todo mundo que mantém o emprego pra tantas gerações. Isso é que eu chamo de eficiência!
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