domingo, 1 de julho de 2012

Caraca(s), um dia cheio de emoções!

Era o fim de um retiro, tiramos o mundo da pausa e pegamos o vôo de volta ao continente. Foi muito bom conhecer Los Roques, eu recomendo aos que gostam da simplicidade e do sossego aliados a um mar lindo e delicioso, mesmo pra quem tem medo de mergulho (como eu). 
Mas era hora da volta. Máquinas fotográficas a mão, no caso de termos perdido algum tom de azul, e logo chegamos ao Aeroporto Nacional, em Caracas.

O dia estava ensolarado, propício a dar aquele passeio pelo centro da cidade. Como íamos passar uma noite por lá, resolvemos ficar no hotel que o Rodrigo tinha se hospedado no início da viagem, o Catimar, e que oferecia transfer gratuito do aeroporto ao hotel. Ele fica na região portuária de Maiquetía, afastado do centro, então perguntamos na recepção quanto custaria um táxi até lá, e a resposta não agradou o pessoal... 


Solução? Buseta! Um divertido busão que a galera da região pegava para ir ao trabalho no centro de Caracas. Bom, as pessoas também vão de busão ao trabalho no Brasil, a diferença é que lá, além de a buseta ter uma decoração super latina, com aqueles franjões nas janelas e adesivos de monte, ainda tem uma caixa de som gigante tocando reggaetón! Não foi simplesmente mais barato que o táxi, foi impagável!!


Ainda tivemos a sorte de uma senhora muito simpática (como poucos na Venezuela foram com a gente) nos explicar exatamente onde deveríamos descer para chegar ao Congresso Nacional. E ainda deu o número do celular, em caso de precisarmos da ajuda dela!


Muitos mochileiros e viajantes relatam que acharam Caracas muito perigosa, mas convenhamos, a gente é brasileiro! A não ser que você more numa cidade pequena do interior, dificilmente vai poder dizer que sua cidade não tem perigo algum!


O centro de Caracas era bem caótico, lembrando muito as grandes cidades brasileiras em dia útil, mas não tivemos problema nenhum em circular a pé por lá. Muitos vendedores ambulantes, gente pra todo lado, lojinhas de tudo um pouco... nem dá pra acreditar que Los Roques existe!





Depois de uma breve caminhada nos deparamos com o prédio do Congresso, muito bonito e bem cuidado, mas não dava pra chegar perto. Tiramos algumas fotos e fomos até a Plaza Bolivar. Como Bolivar é um capítulo a parte na história da Venezuela, também vou dedicar um post exclusivo adiante.





Continuando o passeio, nos deparamos com o Palácio do Governo. É normal ter policiamento em torno de qualquer prédio de governo em qualquer lugar, mas lá, era um pouco mais, digamos, protegido... Como bons turistas desavisados, percorremos todo o quarteirão depois de passar por diversos soldados do exército armados , e fomos parar justo no portão do Chaves. 


Inocentemente sacamos uma das máquinas fotográficas e CLIC, tiramos uma foto. Continuamos andando. Uns segundo depois, havia um soldado na nossa cola, irritado. Chamou o Rodrigo aos berros, e ele assustado foi caminhando em direção ao homem. Pediu pra ver a máquina e mandou apagar cada foto que a gente tinha tirado ali... virou as costas e foi embora. A gente saiu lentamente dali, morrendo de vontade de sair correndo. Ufa!


Depois dessa, a gente merecia uma Polarai! Fomos almoçar na região próxima da Plaza Bolivar, num buffet onde os atendentes é que servem sua comida, então isso significa que teríamos que falar espanhol com os venezuelanos. Essa é a parte mais estressante, pois eles falam muito rápido e cortam a metade de cada palavra, o que torna inviável falar portunhol com eles. Sem contar que eles ficam irritados quando a gente não entende o que eles dizem. Me lembro de pedir algo como Pollo e arroz, mais pela facilidade de me fazer entender que outra coisa. Ah, e uma Polarai gelada, que isso todo mundo entende!


Ainda gostaríamos de ir visitar o bairro da nossa amiga brasileira, aquela que esteve em Los Roques. Ela mesma nos deu algumas dicas para visitar o lugar, um bairro chamado Las Mercedes (ou algo parecido) porém não tivemos tempo suficiente. Ainda faltou o teleférico, que ela recomendou muito.


Fim do mochilão na Venezuela, um país de muita riqueza natural, mas que ainda está no rol de latinão. Vale uma mochilada. Ou quatro!


Na volta, escala em Manaus e um espetáculo da natureza vista do avião, nossa Amazônia!!






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