Fora a questão da canseira do dia anterior, ainda tinha o (con)fuso, o que tornou impossível sair no horário previsto.
Tivemos que esperar horas na estação até que chegasse o próximo trem, que saiu de lá perto da hora do almoço.
Apesar do calor, os milaneses já estavam usando a nova coleção de moda outono inverno, enquanto eu e o Rodrigo estávamos satisfeitos com nossos modelos de verão, para o estranhamento dos locais (rsrs).
A viagem até Verona é um deleite para os olhos. Passamos por diversas vilas, algumas não tão bonitas, outras bem charmosinhas, diversas plantações de oliva, e o Lago di Garda, que dá pra ver ao longe, conhecido pela beleza do lugar e por ser local de veraneio de ricos e famosos. Quem visita diz que vale a pena.
Chegamos a estação de trem de Verona ansiosos para explorar a cidade ao máximo. Deixamos as mochilas no guarda volumes e na saída da estação, pegamos um ônibus até o centro. Mais uma novidade no transporte primeiro mundano pra gente: no ponto de ônibus há uma placa digital que diz EXATAMENTE quanto tempo falta pro ônibus chegar, e o mais bacana é que realmente isso acontece! rsrsr
Chegamos a Piazza Bra já fazia um calor escaldante, alguns gringos, provavelmente de algum país nórdico, estavam curtindo os últimos dias de sol do continente antes do inverno chegar. Pra gente é uma cena bem curiosa, todos estirados naquele sol, mas é bem comum ver isso lá.
Como no Brasil o inverno é uma coisa bem menos radical, deixamos o sol pra eles e fomos almoçar, num restaurante ali mesmo em frente a Piazza, chamado La costa in Bra. Com uma bela birra gelada pra refrescar.
Não ficamos pechinchando muito, certamente deve haver outros locais mais baratos para almoçar, mas era um preço razoável até pra gente. Na dúvida, é só ver o menu na entrada, que sempre tem os preços.
Eu comi uma lasanha deliciosa e o Rodrigo foi de pizza média pra duas pessoas.
Depois de um belo almoço, atravessamos a piazza e fomos apreciar a Arena Romana de Verona, uma das poucas arenas do Império Romano que ainda está perfeitamente preservada. Vale muito a visita, os corredores internos remetem ao clima de Roma antiga, e o espaço central hoje é palco de concertos. Tivemos a sorte de visitar a Arena no mesmo dia que um grupo de turistas que deveriam ser de um coral, e que acabaram se "apresentando" por lá. É um passeio rápido, mas que eu não deixaria de fazer.
Ainda tínhamos vários outros lugares pra visitar, e acabamos nos arrependendo de não nos hospedar em Verona. A cidade tem um ar especial, e particularmente foi a que eu mais gostei na Itália.
As ruas em si são um atrativo imperdível, aliada a arquitetura, as floreiras nas janelas, as Salumerias (lojas que vendem salames, queijos, vinhos, azeite, hummm!)... Aliás, a cidade foi declarada um patrimônio da humanidade pela UNESCO, graças ao seu encanto arquitetônico e sua estrutura urbana!
Fomos até a Torre do Sino, de onde se tem (mais) uma vista linda da cidade, e tiramos muitas fotos. De lá a gente avistou um castelo, que sequer constava no nosso guia, mas ficamos curiosos pra ver o que tinha lá.
Antes de atravessar a ponte e subir até o castelo, fizemos uma parada obrigatória na Casa da Giulieta! É uma mini vila que transformaram numa lúdica morada da Julieta do Romeo (com o balcão e tudo), onde suportamente viveram os Capuleto, da peça famosa de Shakespeare.
Ali no meio da vila fica uma estátua da Julieta, e reza a lenda que se você pegar nos peitos dela vai ter sorte no amor. Tendo em vista o destino da coitada eu duvido muito! hehehe
Não é muito fácil conseguir uma foto ali, porque está sempre cheio de gente querendo fazer o mesmo.
Dentro da vila também tem uma lojinha de souvenirs; precinhos meio salgados, mas presentinhos legais. Talvez você encontre coisa mais barata nas lojas de rua. Outro atrativo da vila é a entrada, onde milhares de bilhetinhos de amor são colados nas paredes por gente do mundo inteiro, e você também pode deixar o seu se quiser.
Lá fomos nós atrás do castelo! No caminho passamos por uma igreja tão bonitinha que não pudemos deixar de conhecer, chamada Santa Sofia.
A ponte de pedra também é uma atração a parte. Na verdade, são diversas pontes sobre o rio, que criam um visual incrível!
Olha que fofura esses cadeados fixados em uma mureta da ponte:
Subimos uma ladeira até passar por um restaurante, que estava fechado, e chegar até o castelo. Logo se vê que o castelo não é um lugar propriamente turístico, já que não era aberto a visitação e aparentava ser algum prédio do governo.
Isso não diminuiu nem um pouco a valia da pernada, foi a melhor vista de Verona que a gente poderia ter! Por tanto, a gente recomenda subir até o Castelo San Pietro, só pra admirar Verona, com certeza vale o esforço.
Infelizmente ficamos sem tempo para visitar outros atrativos da cidade, como o Castel Vecchio, já que nosso trem para Padova saía a noitinha.
Passamos por uma feirinha de artesanato em uma outra pracinha perto da Piazza Bra pra comprar umas lembrancinhas antes de pegar o ônibus de volta para a estação de trem.
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